Ora viva. Estamos de volta. Directo à Questão.
A Epilepsia é uma doença caracterizada pela existência de crises anómalas que tendem a repetir-se e que partem de descargas cerebrais. Tratam-se de descargas eléctricas patológicas síncronas de grandes grupos de células cerebrais. Na base deste processo poderão estar factores como uma pré-disposição hereditária, uma lesão orgânica ou uma situação de stress emocional, entre outros. Pode afectar pessoas de todas as idades, mas é sobre a Epilepsia em idade infantil que debruçamos hoje a nossa análise. Como lidar com uma criança com Epilepsia? Quais os sinais de alerta e que estratégias adoptar? Aqui ficam algumas sugestões.
Na Epilepsia, as crises mais frequentes são as convulsões. É o chamado grande mal. Na convulsão há, geralmente, vários estádios:
- O corpo fica hirto
- A criança cai sem consciência
- A cor torna-se escura e os lábios ficam roxos (uma vez que não respira, os músculos respiratórios encontram-se contracturados)
Num período seguinte:
- A criança é sacudida por abalos
- A respiração torna-se ruidosa
- Verificam-se contracções de todos os músculos (poderá morder a língua ou magoar-se quando na proximidade de objectos perigosos)
A pouco e pouco, estas contracções diminuem de intensidade, a criança passa a respirar melhor e o ataque cessa.
Um outro tipo de crise, o pequeno mal, caracteriza-se por uma paragem das actividades ou continuação das mesmas de uma forma imperfeita. Os sintomas são, um olhar vago, uma lentificação ou bloqueio motor e uma ausência de respostas.
É extremamente importante que pais, educadores ou demais pessoas que convivem directamente com a criança epiléptica estejam prevenidos para poder tomar a atitude adequada à situação.
Perante uma crise é sempre aconselhável:
- Deve manter-se calmo
- Deve desapertar o cinto à criança ou outros acessórios que o possam constringir
- Deve evitar sobreproteger a criança
- Deve evitar a rejeição escolar da criança
- Deve proporcionar condições de repouso ao doente após as crises
As dificuldades de uma criança com epilepsia são as mesmas de qualquer outra. Contudo, se a frequência das crises aumenta, as dificuldades poderão aumentar e a condição poderá sofrer um agravamento.
O epiléptico necessita de um ambiente equilibrado, seja ele familiar, educacional ou profissional. No caso de uma criança, é particularmente relevante saber lidar em situação de crise, sem dramatizar o momento e actuando em conformidade. Sobretudo quando ocorre em contexto escolar, as precauções devem ser maiores.
Se é um doente epiléptico, familiar ou amigo de uma criança com epilepsia nunca esqueça que própria ansiedade ou um estilo inapropriado dos seus agentes de socialização mais próximos pode desencadear uma crise de Epilepsia.
Não esqueça nunca que o doente Epiléptico pode e deve ser integrado socialmente e fazer uma vida normal.
Até para a semana. Directo à Questão.
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